Gabigol consegue efeito suspensivo e já pode jogar
atacante já poderá voltar aos treinos
A Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, tomou uma decisão unânime e acatou o pedido de efeito suspensivo, permitindo que Gabigol retorne aos gramados para jogar pelo Flamengo. O atacante havia sido suspenso por dois anos pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) no dia 25 de março, por uma tentativa de fraude no exame antidoping.
Após cinco semanas, a defesa de Gabigol entrou com o pedido de efeito suspensivo no CAS e, para a alegria do jogador e do clube, o pedido foi aceito por unanimidade. O atacante já poderá voltar aos treinos com o grupo no Ninho do Urubu a partir desta terça-feira e estará apto para jogar.
A decisão do tribunal suíço vai de encontro às expectativas da defesa, que estava confiante na liberação e espera outra decisão favorável no julgamento final. Bichara Neto, um dos representantes de Gabigol no caso, celebrou a decisão e ressaltou a importância dessa etapa para a reversão da suspensão.
O processo no CAS envolve custos judiciais, que são divididos entre as partes. Durante o processo, a defesa de Gabigol foi informada de que a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) não havia realizado o pagamento de sua parte das custas judiciais. Para evitar atrasos, o próprio atacante arcou com o pagamento restante.
No entanto, a ABCD acabou enviando sua documentação e indicando um árbitro alemão dias depois. Por questões administrativas, o CAS não aceitou a documentação e a ABCD perdeu o direito de indicar um árbitro para compor o tribunal.
Dessa forma, o CAS indicou dois dos três árbitros que julgaram o pedido de efeito suspensivo. Com a mesa formada por um inglês indicado pela defesa de Gabigol, além de outro inglês e um suíço indicados pela Corte, todos votaram a favor e concederam o efeito suspensivo para o jogador. Agora, Gabigol aguarda a votação do recurso.
Na argumentação enviada ao CAS, a defesa destacou a necessidade de análise rápida do processo, utilizando os termos "periculum in mora" (perigo da demora) e "fumus boni juris" (fumaça do bom direito). O principal objetivo era evitar que Gabigol cumprisse grande parte ou toda a suspensão imposta, caso houvesse demora no julgamento.
Além disso, a defesa citou o placar apertado no TJD-AD, com cinco votos a favor da suspensão e quatro contrários, e apresentou outros argumentos que serão utilizados posteriormente no recurso, buscando a anulação da suspensão.